segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um casamento e muitas gargalhadas


Passar para a outra margem...

     Era Domingo, o sol tinha-se levantado há pouco mais de uma hora e já eu andava pela casa a preparar um café que podesse aconchegar-me o estômago nas próximas longas horas.
    Na verdade, este era um Domingo muito especial! Fui com o Pe. Luigi celebrar um casamento a Zinga, uma aldeia próxima (só duas em canoa), foi o primeiro casamento católico que assisti aqui em África e, foi também a primeira vez que “conheci o rio por dentro”. Sim, sim! Tudo parecia correr pelo melhor. Há hora marcada, chegou a nossa canoa com o nosso "marinheiro" de serviço. Após as saudações habituais, lá subimos para a canoa e..., pouco depois de ter saído da margem do rio para começar a viagem, a canoa virou e todos fomos à água!
 
  Lembrei-me bem de todas as recomendações da minha mãe:
    - "Não andar de conoa! Lembra-te que não sabes nadar!"
   Pouco importa como cheguei até à margem. Na verdade, estavamos suficientemente próximos da margem para que o primeiro pensamento que me ocorresse fosse: "pena de não ter ninguém por perto para tirar uma foto!" Dentro do saco, a minha máquina fotográfica parece ter gostado do banho… felizmente ainda funciona.
   Bom, como já passava das 6 horas da manhã, só havia uma coisa a fazer, assim molhadinhos, entrar de novo na canoa e prosseguir viagem.
   Durante o caminho, por entre gargalhadas, fomos tentando, o Pe. Luigi e eu, secar a alva para que ele pudesse celebrar o casamento mais ou menos enxuto.
     Chegando lá, o casamento foi celebrado com grande alegria e umas 7 horas depois estavamos a comer com os noivos e os seus convidados (ou seja, toda a aldeia!).
     O regresso foi vivido sem grandes sobressaltos, de um lado do rio, a beleza da floresta Centro-africana, do outro lado, a imponência da floresta Congolesa.
      Chegados a casa... na aldeia não se falava de outra coisa: os brancos cairam ao rio! E lá em casa... "inveja" por não terem vivido esta aventura connosco.
    Assim se passou mais um dia de aventura onde Deus se fez, como sempre, presente. Aqui, todos os dias são de trabalho, mas são também dias de alegrias e momentos únicos que, verdadeiramente, só nesta terra maravilhosa podem acontecer.

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